terça-feira, 17 de março de 2009

Os mestres que escolhemos


Na Índia, muitas meditações possuem cânticos específicos para cada momento do dia. Pra parte da manhã, tarde e noite mas também para cada tipo de pessoa seja ela tranquila ou agitada.
Esses cânticos são entoados em Sânscrito e geralmente são cantados em uma espécie de templo chamado Asham.
O que me faz pensar hoje sobre esse assunto é que na Cultura Indiana fala-se muito em Meditação e atrás dela vem os conceitos como a necessidade de se ter um Guru o qual irá guiar você e seu pensamento para que a meditação tenha efeito benéfico. Além disso é preciso estar com a mente vazia, libertar sua cabeça de qualquer pensamento e se concentrar no mantra e na sua respiração.
Logo, Penso eu... Como hoje no Brasil, na situação que nos encontramos cheia de atribulações, conseguiremos tal façanha? Deixar a mente sem pensamentos é como pedir para sermos acima de nós mesmos, como se desse o doce mais gostoso a uma criança e ela não pudesse pega-lo. Se pelo menos estivesse alguém falando conosco ,interagindo?Mas não é isso que acontece. Como conseguir cantar hinos de 182 versos durante horas e horas sem poder pensar em nada?Ou pelo menos dar uam cochiladinha devido a mais um dia cansativo e cheio de trabalho?
Só na Índia mesm! Mas convenhamos lá tem o Thumbs-Up, um refrigerante Indiano parecido com Coca-Cola mas, tem pelo menos 10x a quantidade de xarope de milho e o triplo de cafeína além de muitos acharem que ele contém metanfetaminas...Mas, quem sabe talvez esqueceríamos do cansaço fisico e emocional de um dia de trabalho...
Passando pela Tradição Budista me prendo em uma citação de Buda pra tentar entender meus próprios pensamentos...Disse ele: " A maior parte da humanidade tem os olhos tão fechados pela poeira da ilusão que jamais verá a verdade, por mais que se tente ajuda-la.Alguns outros tem os olhos já tão naturalmente claros e são tão tranquilos que não precisam de nenhum tipo de instrução ou ajuda.Mas existem também aqueles cujos olhos estão só ligeiramente fechados pela poeira que, com a ajuda do mestre certo, puderam aprender um dia a ver com mais clareza."
Buda decidiu ensinar a essa minoria " os com pouca poeira"...
Metaforicamente falando como Buda, todos nós precisamos de um "mestre" ou pelo menos exemplos de "mestres". Sejam eles abstratos ou concretos. Todos no mundo buscam uma experiência direta e transcedental de Deus ou qualquer outra denominação cujo objetivo seja a busca interna por um ser acima , um "mestre".Porém, quando descrevem suas experiencias caem em pontos em comum. O Estado de Meditação é possibilitado graças a uma fonte energética que inunda o corpo inteiro levando-o a pulsar e emanar energias.
Os Japoneses chamam de ki ,os budistas chineses chamam de Chi,
balineses chamam deTaksu, cristãos chamam de Espírito Santo, os aborígenas da Austrália descrevem como sendo uma Serpente no céu que desce e toma conta do Xamã atribuíndo-lhes poderes de outro mundo.
Enfim não importa em que lugar do mundo ou o nome que dão a essa sensação...
O meu pensamento hoje é... Será que uma meditação sobre a vida, o dia, os atos também não pode ser considerada meditação construtiva para o ser humano já que neste momento ele avalia seu comportamento?!...
Porém, quando penso nessa hipótese logo vem a minha mente sobre o "mestre", aquele que cada um encontra de diversar formas. Neste caso, o mestre é essencial para que a sua meditação torne-se verdadeira.
Eu diria que... O problema não está na forma de meditação mas, nos "mestres" que escolhemos ou aceitamos para nós.



Pensei sober isso hoje...

2 comentários:

  1. concordo .. não importa o jeito q se medita .. mas sim o pensamento envolvido no ato .. no que se pensa ou até mesmo em quem se pensa(mestre).

    cabe saber o momento certo (extremamente pessoal e instransferivel) de se meditar.. seja a pessoa agitada ou calma .. e fazer com q esse momento interior faça alguma diferença na vida do individuo.

    amoo !

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